FOTO EM DESTAQUE: Uma das estrelas da ilha.
Pontualmente chegamos ao lugar marcado – mais uma vez, o porto de Ushuaia – antes de 7. 45 da manhã. Quando vi o tamanho do veículo confesso que fiquei assustada. O que nos aguardava para precisarmos de um veículo daquele porte?
Chovia, fazia frio, mas… o que esperar? Clima de litoral nordestino em Ushuaia?
Ah! Antes que me esqueça: no porto há muitos quiosques do tipo que você vê na foto, oferecendo todo tipo de passeio. Isso é muito bom para os mais descolados que viajam por conta própria sem qualquer indicação.
Confesso que fico com pés e mãos atados quando planejo viajar para lugares onde imagino que vá encontrar dificuldades para atingir meu objetivo. Nesses casos prefiro depender de operadoras de turismo, até mesmo porque, por insegurança, nunca alugamos automóvel no exterior, o que dificulta ainda mais nossa locomoção.
Escalamos o ônibus e fomos para a Estância Harberton. De lá fizemos uma pequena caminhada até um pequeno cais e seguimos em lancha rápida até a Isla Martillo.
Apesar do tempo chuvoso a paisagem que se descortinou era linda. Naturalmente, a natureza tratou de separar cores e as fotos ficaram como se tivesse me valido de programa especial de filtragem.
AO DESEMBARCAR
fomos avisados para não nos aproximarmos dos pinguins. Manter, pelo menos, distância de 4 metros. Mesmo explicando os porquês desse cuidado houve quem se aproximasse demasiadamente dos animais. Estivesse no lugar do guia, teria cobrado a proibição sem qualquer constrangimento.
Caminhar livremente em meio aos pinguins incluo como uma das experiências mais interessantes que tive em viagem.
A visita de aproximadamente 1 hora é acompanhada por um guia que explica com riqueza de detalhes os costumes dos habitantes da ilha. Acesse o vídeo em HD clicando neste link.
Em seis minutinhos você terá uma experiência inesquecível, emocionante e imperdível: um acasalamento que tive a sorte de filmar.
E ainda: o tipo de ninho que constroem, e as exigências do pinguim fêmea para aceitar acasalar-se com o macho – você não vai acreditar!
E se você pensa que são animais silenciosos, irão se surpreender. Silencioso mesmo, só aquele que enfeita sua geladeira.
Boa parte da ilha você poderá percorrer sem restrições. São poucos os limites protegidos por cordas.
TEMPORADA DOS PINGUINS NA ISLA MARTILLO
Segundo nosso guia, os pinguins permanecem na ilha na temporada menos fria – que vai de novembro a abril (Verão) – apenas para se reproduzirem. E você não sabe da maior: cada um sabe … (só contei no vídeo).
PINGUIM TAMBÉM SENTE FRIO, ISTEPÔ!
Veja o que fazer caso encontre um pinguim perdido.
No inverno os animais partem em busca de alimentos e alguns se perdem do bando. Solitários, eles acabam exauridos, se debilitam, e por conta desse cansaço muitos vão parar no litoral catarinense.
No bairro do Rio Vermelho, em Florianópolis, esses bichinhos são tratados e devolvidos novamente ao mar ao atingirem condições físicas para fazer o caminho de volta.
Clicando neste link você obterá maiores informações a respeito da recuperação desses animais, como por exemplo: agasalhá-los! ao invés de mantê-los gelados como normalmente se pensa. Deste jeito você pode matar o animalzinho de frio. Pensa que não?
Interessante ressaltar que a Patagônia é pontilhada de ilhas, mas a Isla Martillo é a única para aonde se destinam.
ESTÂNCIA HARBERTON
A história da estância começa em 1856, na Inglaterra, com um órfão de nome Thomas Bridge, encontrado em uma ponte.
Este menino foi adotado por um Reverendo e levado para as Ilhas Malvinas aos 13 anos de idade e o que se sucedeu você poderá ver clicando aqui.
Nota: Optei pelo direcionamento porque os leitores do blog nem sempre se interessam pelas histórias que originaram muitos dos assuntos postados. Daí, pra não ficar me estendendo e ocupando espaço na página, deixo à sua vontade essas opções. Não é melhor assim? Também acho.
O aconchego da simplicidade…
Terminado o café caminhamos até Acatushún – museu e laboratório onde aves e mamíferos marinhos austrais são estudados.
Muitas peças encontram-se ao relento. Por incrível que pareça, essa exposição me ofereceu a real dimensão dos animais.
A proximidade de outros esqueletos dentro do museu não me propiciaram mensurá-los devidamente. Vai entender…
O destino de Thomas é surpreendente: de menino órfão adotado a proprietário de terras imensuráveis na Terra do Fogo – herança do Presidente Julio A. Roca por reconhecimento de seu brilhante trabalho de 30 anos com nativos e náufragos do Cabo Hornos.
Histórias como essas é que me convencem de que não temos livre arbítrio e de que nossas escolhas são ilusórias.
“Só sei que nada sei” – Sócrates.
CONTATO:
Oi! Achei o local da hospedagem um encanto, rústico e familiar. O veículo gigante parece um brinquedão e os amáveis pinguins uma colonia de fofos. Amei, quero ir lá.
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Oi, Rosinha! Não são lindos? Inda bem que fomos na época certa. Bjks e obrigada.
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Oi, Marília!
Adorei sua descrição de todo o passeio.
Fiquei com a sensação de que preciso voltar lá, já que o pacote que fiz não incluiu esta ilha. Deve ser, realmente, emocionante poder ficar tão próximo de um pinguim.
Suas fotos também estão ótimas!
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Pois é, Ângela, esse passeio é maravilhoso! E continuo ressaltando o seguinte: li em um blog (ou site?) que esta empresa é a única autorizada a desembarcar passageiros na ilha. Turistas de outras empresas apreciam os bichinhos de dentro da embarcação. Bjks e obrigada por seu comentário. Volte Sempre!
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